(BEM-AVENTURANÇAS)

A palavra grega “feliz” ou “bem-aventurado” no texto de Mateus 5 é “makarioi”, significa ser possuído pela qualidade de Deus. Quando Deus vive em nós e a nossa natureza humana se rende à natureza divina, passamos a fazer parte do Reino de Deus (Lucas 17:21). “Feliz” ou “bem-aventurado” também significa estar plenamente satisfeito. Esta satisfação não é devida às circunstâncias da vida, nem ao cumprimento dos nossos desejos, mas devida à presença de Cristo em nós. Assim, a felicidade da bem-aventurança não é sinónimo de “sorte” no enquadramento humano da vida. Segundo a maneira humana de ver as coisas, as pessoas podem ser “felizes”
conforme as circunstâncias, mas no sentido divino ser abençoado não depende das circunstâncias, mas da presença de Cristo em nós. Por isso podemos ser “felizes” ou
“bem-aventurados” mesmo nas condições adversas da vida.

A bem-aventurança é a condição básica criada pela presença de Cristo no íntimo do ser humano, trazendo a satisfação à vida do crente.

O caminho para Deus é, antes de tudo, descer da posição de sobranceria da nossa própria capacidade.

De todas as virtudes cristãs exaltadas nas beatitudes, é significativo que a primeira a ser expressa seja relacionada com a humildade através da expressão “pobre de espírito” (Mateus 5:3). Esta virtude, de certa forma, está subjacente a todas as outras.

• Não podemos ser sensíveis (Mateus 5:4) se não pensarmos e sentirmos o quanto somos fracos para levar a vida só por nós próprios. Isso é humildade.
• Não podemos ser mansos (Mateus 5:5) se não sentirmos a necessidade de abatermos a nossa soberba. Isso é humildade.
• Não podemos buscar a verdadeira justiça (Mateus 5:6) se pensarmos orgulhosamente sermos detentores da nossa própria justiça. Isso exige uma atitude humilde e de sujeição à vontade de Deus (Lucas 18:13).
• Não podemos ser “limpos de coração” (Mateus 5:8) se o nosso coração estiver cheio de orgulho. Deus promete exaltar o humilde e não o orgulhoso (Tiago 4:10).
• Não podemos ser pacificadores (Mateus 5:9) se pensarmos que temos sempre razão. Admitir a nossa falibilidade necessita de humildade. A paz surge quando existe uma atitude mútua de reconciliação.
• Finalmente, a nossa identificação sempre com Cristo independentemente das reacções dos outros (Mateus 5:10-11) exige que cedamos os nossos próprios direitos, muitas vezes humanamente legítimos. Permanecer fiel a Cristo, mesmo na perseguição ou agressão, exige uma humildade verdadeiramente cristã.

ALIANÇA DAS IGREJAS DE DEUS
DO SÉTIMO DIA DE PORTUGAL

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